quinta-feira, 31 de maio de 2012

A morte e vida de L.B.


Pela segunda vez me sentei num consultório para ouvir um diagnóstico.
Pela segunda vez meu mundo desabou ao ouvir a palavra câncer.
Na primeira vez, eu era apenas uma garota inocente que acreditava que essas coisas nunca aconteceriam comigo. Jamais imaginei que esse pudesse ser o resultado das biópsias feitas.
E então, em poucos segundos, eu amadureci o que muitas pessoas levam anos pra amadurecer.
Fui a forte, a esperançosa e confiante durante o dia e a desesperada e chorosa a noite.
E a medida que o tratamento ia prosseguindo e os efeitos foram aparecendo (perda de cabelo, enjoos, fadiga, irritabilidade, fraqueza), meu coração foi ficando cada vez mais duro, mais calejado, mais frio...
E o que antes aquecia meu coração ou me provocava sorrisos involuntários passou a ser apenas mais uma coisa, sim, coisa, algo sem importância...
Me afastei dos amigos, dos parentes mais queridos, me isolei no meu mundo, sem deixar que ninguém tocasse meu coração ferido e amargurado...
Só que, mesmo após o médico me informar que já estava muito avançado, que uma cirurgia apenas retardaria, acreditei que não era o fim, que essas células não voltariam a aparecer...
Doce ilusão...
Uma visita inesperada ao médico, apenas para pegar um laudo, e pronto, back to black!
Ele voltou... Agora no fígado... Metástase, infelizmente...
E então recomeça a velha rotina, vários exames complementares, quimioterapia, talvez cirurgia...
E se antes a frieza passara a fazer parte da minha existência, agora ela a tomou por completo.
Até que ponto vale a pena lutar?

terça-feira, 29 de maio de 2012

"Sol volte a brilhar
Só mais um pouco
Pra eu não chorar
Sozinho num canto..."

Hoje foi o segundo dia mais triste da minha vida até hoje...
E enquanto eu caia na estrada, as lágrimas rolavam no meu rosto...
E enquanto minha face estava toda molhada, eu notava o quanto minha vida estava vazia...
E agora?
Viver pro futuro ou pro presente?

sábado, 26 de maio de 2012

As palavras que nunca te direi


Engraçado, tou aqui parada em frente ao Word sem saber por onde começar... Tenho tanta coisa pra perguntar, tanta coisa pra contar... E o mais engraçado é que, só por começar a escrever pra você, meus olhos estão ficando embaçados. Mas, no fundo, não importam as perguntas ou as novidades... A única coisa que realmente importa é a falta que sinto da nossa amizade, de nós, de você...
Sabe, hoje em dia entendo o motivo dessa distância. No seu lugar, provavelmente teria feito o mesmo. Não vou negar que fiquei magoada, que por muito tempo o orgulho me dominou. “Se ela não quer saber de mim, não tenho motivo pra saber dela”.
Mas o tempo sempre curou minhas feridas, por mais profundas que fossem, e, um dia, a mágoa e o orgulho passaram. E ai sobrou a saudade, sobrou o sentimento de amizade, de carinho, que nos uniu por tanto tempo. Sobraram apenas os bons momentos, os sonhos, conquistas e decepções compartilhadas, as lembranças de uma amizade despretensiosa e que, no fim, se tornou um refúgio, um porto seguro em nossas vidas.
Muitas vezes pensei em te procurar, porém sempre tentei respeitar a distância que você tinha criado. Mas distância não é sinônimo de ausência e você sempre continuou presente, por mais que doesse admitir. E não tenho vergonha de confessar que, muitas vezes, fraquejei te mandando mensagens ou e-mails, os quais nunca tive resposta.
E nos momentos de muita saudade, te busquei nas suas histórias, nos posts do seu blog. Nos momentos de muita dúvida, fechei os olhos e imaginei o conselho que você me daria.
A verdade é que você nunca deixou de fazer parte da minha vida, nunca deixou de ter o seu lugar guardado no meu coração.
Sei que depois daquela noite as coisas mudaram muito entre nós e que talvez não tenha mais espaço pra mim na sua vida, mas tou aqui de coração aberto, Caroline.
Não espero ligações ou mensagens no celular, não espero você voltando a ficar on line no meu MSN, não espero fazer parte da sua vida novamente... Só quero sinais de fumaça, sinais de vida... Um e-mail, de vez em quando, contando o que tem feito, o que tem conquistado... Só quero poder acompanhar a sua caminhada, mesmo que seja de longe, Cah...
E bem, eu sempre fui a piegas e você a durona, então, se fui sentimentalista ao extremo, me desculpe. Apenas queria dizer que sinto sua falta. Muito... Demais... Tanto!
E, se um dia você precisar, estou aqui, sempre estarei aqui because never gonna be alone.
Beijo grande!

*Escrito em 04.04.2012
"Escrever. Eu escrevo para muitas pessoas que nem sempre comentam aqui. Eu escrevo para muitos que nem sabem desse meu aqui. Eu escrevo para mim. Porque gosto e necessito. Porque, quando escrevo, tiro um pouquinho da dor do coração. Mas saudade dói e é difícil descrever." Janaína Salgado

Zapeando pelos blogs, encontrei esses versos. Achei tão lindo, tão verdadeiro... Aqui sempre foi como o meu diário... Um diário aberto, mas não exposto... Depois de tanto tempo sem aparecer, os que conheciam esse blog nem passam mais por aqui... Retornei ao anonimato. Posso escrever o que der na telha, abrir livremente o meu coração sem vergonha, sem medo do que os outros podem pensar...
Não me interessa mais... Aqui sou eu...
Aqui tem o pedaço de mim que não mostro pra ninguém...
Mas que está a mostra pra quem quiser ver...

Lanterna dos Afogados

"Quando tá escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar...
(...)
E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar..."
Os Paralamas do Sucesso

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Freedom


I wanted to be free... Yes, indeed…

“Life moved and I stopped to taste it
I drank it up 'till it left me wasted
But my rains have bled a softer red
Oh, you should see the world inside my head”
Sister Hazel

O Show do Agridoce


O show do Agridoce foi sensacional. Teatro pequeno, plateia sentada ao lado do palco... Foi como voltar ao passado, na época boêmia do centro do Rio. O clima intimista perdurando por todo o show... Minha vista foi privilegiada. A minha frente, Pitty deslizava seus dedos pelo piano, enquanto cantava as músicas que embalaram a minha vida nos últimos meses.

Ao tocar “Romeu” e “Dançando” o público foi ao delírio. Cantávamos todos juntos, unidos num único coro... “130 anos” e “20 passos” também ficou incrível.

Nem preciso comentar o quão alto cantei quando chegamos ao refrão de “Epílogos”...

O show acabou e me deixou com a sensação de quero mais. E enquanto o público fazia fila para tirar foto e pegar autógrafo, eu tratava de comprar o DVD deles para, junto com o autógrafo, imortalizar aquele momento.

Infelizmente, contrariando o já costumeiro encontro após o show que sempre acontece entre os artistas e fãs no Teatro Rival, os dois foram embora sem atender aos fãs mais fieis que já aguardavam há mais de uma hora para um breve contato.

E se saí triste por esse motivo, em compensação, saí maravilhosamente feliz pelo grande show que assisti, o primeiro deles no Rio de Janeiro.

E se a cerveja me acompanhou durante todas as músicas, ao sair do teatro não poderia ser diferente...

E vamos tocando em frente porque a vida continua passando...

"Foi-se o tempo do sonhar
Já é hora de dormir
O sol chegou e quebrou
Nada que eu possa inventar
Artifício ou ilusão
Pra fazer ser noite outra vez"
Alvorada - Agridoce

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Queria cantar esse trecho de coração e não da boca pra fora, como canto hoje em dia... "Não me leve agora Eu não quero ir embora Tenho tanto o que fazer Tenho um filho pra ter Tenho motivos pra crer Que ainda não é hora"

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mais um dia que precisei beber antes de voltar pra casa... Queria entender o motivo dessa necessidade de estar me entregando ao álcool... Será apenas uma fase?

domingo, 20 de maio de 2012

Tou aqui tentando entender o que tem acontecido com a minha vida, com os meus desejos, anseios e sentimentos. Sei que estou perdida, sem foco e sem rumo, mas, de certa forma, não consigo me encontrar, não consigo sair dessa espécie de “letargia lúcida” que me atingiu como um raio. Queria poder voltar a viver de verdade, queria poder conseguir levantar dessa cama, sair desse apartamento e curtir a vida que está me esperando lá fora. Queria poder fazer isso sem precisar do álcool para me encorajar...